segunda-feira, 21 de junho de 2010

Olha pro céu, meu amor...

Talvez o mês junino consiga espargir cinzas de amores
Que tenham marcado corações pelas estradas da vida;
Podemos tocar em espinhos quando colhemos as flores,
Mas entendemos que amar é sempre uma ação atrevida!

E, é contrariando a lógica, a natureza e muitas opiniões,
Que o amor segue como uma paixão cega em busca do par,
Superando distâncias, tempos e sobrepõe-se às desilusões,
Pois somos partes de uma fogueira que insiste em incendiar!

Os balões ainda vistos no céu, por tantos motivos proibidos;
Representam - talvez - a ousadia bem própria das paixões...
Se somos felizes, só nos achamos quando estamos perdidos,

Na contramão de tudo, sem esperar apoios ou confirmações...
Quem sabe, se lá de cima não somos bem mais compreendidos,
Já que amamos tão plenos, desatando-nos os nós, além das razões!

segunda-feira, 31 de maio de 2010

O que será, que será?

Confesso e creio que não haja ciência nem mesmo filosofia
Que expliquem sentimentos acalentados dentro do coração;
Se o querer ainda pulsa  e a sensação ardente nos contagia,
É porque, certamente, encontra-se acesa a chama da paixão!

Acredito que o tempo, com sua magia, não seria sequer capaz
De apagar assim, completamente, ao que chamamos de amor;
Pois, na verdade, ele se projeta em nós, e só assim nos refaz,
Preenchendo-nos as lacunas de tudo aquilo que nos causa dor!

E se não sabemos o que será que será esse tão doce sentimento,
Que mexe conosco, que nos aperta o peito e nos faz confesssar...
Se já não tem remédio, medida... altura, largura ou comprimento;

Sei que também nos sobe às faces e consegue nos fazer corar...
E brotando-nos à flor da pele, eternizando cada raro momento,
Deixa no ar a pergunta que não quer calar: o que será, que será?

sábado, 29 de maio de 2010

Todo mundo espera alguma coisa...

Se o tempo, por nós, passa assim tão depressa;
Parecendo até que não nos dá a menor atenção,
Esperamos que um dia nada mesmo nos impeça
De atendermos aquecidos os apelos do coração!

Talvez torturados pela pressão que o tempo nos faz,
Caminhemos, ansiosos, em busca de horas a sós...
Sabendo que - em minutos - a eternidade se refaz;
Trazendo-nos o profundo sentimento qu'inda há em nós!

Quanto ao dia, não sei se te agrada ver-nos novamente;
Mas, espero teu sim - sob estrelas ou lua mais plena...
Para que nosso abraço seja nosso mais plenamente...

E diante de teu olhar, também te veja bem mais serena...
A qualquer sinal de abertura, possamos - sem censura, igualmente
Fazermos dos sonhos a realidade que sempre vale a pena!

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Palavras...

Algumas palavras, juro, meu coração tão-só já não diz;
Não sei se é consequência de tudo que hoje me resta,
Ou - quem sabe - se será essa m'ea forma de ser feliz;
Enquanto o poema do tempo a instância me empresta!

Talvez devesse existir, das palavras, um exímio artesão...
Para que engenhosamente trabalhasse ou até esculpisse
O olhar profundo que viaja no tempo, a pura expressão;
Certo de dizer-te novamente palavras que um dia te disse!

Como esperar mais, se já passou o tempo da esperança?
Querer-te agora parece sonho impossível ou vão devaneio;
Pois nos guardamos silentes, segredando nossa lembrança.

Se me dás uma ideia, busco a palavra ou qualquer outro meio;
Permito-me viajar-te - em imagem e ação - puro como criança,
Quero, assim, saciar-nos a paixão; por isso a ti meu fogo ateio! 

domingo, 23 de maio de 2010

Ao que chamo de amor...

Chegamos - um dia - a um altar que nos fora pleno,
Fizemos dele um ninho de tantas paixões e delícias...
Hoje, diante do tempo que passou, quero um aceno
Para reacendermos a luz de nossas ternas carícias!

Sob o caos que tua ausência, cruelmente, me causou;
Sobrevivo, resistente, ao tempo da cura e neste breu...
Consolo este meu coração que já e sempre te amou,
Esperando ansioso o brilho do olhar que é somente teu!

E na expectativa de que tomemos - juntos - nosso tento,
Será tão bom desatarmos de nós os nós qu'inda têm jeito;
Deixando livre teu veleiro em flor ao seu maior intento...

Soltando suas velas, permitindo-se plena, à mercê do vento.
E enquanto a vida vai passando n'um vazio quase perfeito...
Trago-te em meu peito, chamando de amor meu sentimento!

sábado, 22 de maio de 2010

Travessias, e [...]

Quero - a cada dia -, poder soltar a minha voz
Nas estradas, ou mais diretamente ao teu coração;
Lembrando-me de tudo, principalmente de nós...
E assim renovar em mim aquela nossa emoção!

Quero que saibas, e já não posso nem quero parar
De dizer-te a distância o que te disse tão perto;
Sabendo que o tempo não conseguiu, de fato, separar
Os corações cujo amor inda é grande, estou certo!?

Refaço-me, e quero fazê-lo na delícia de teus abraços
Em hora oportuna, fortuita ou mesmo em tempo fugaz;
Guardar comigo o teu perfume, e a beleza de teus traços...

Pois sei que tua lembrança - em mim - traz-me a paz;
E diria até que o destino pode reatar-nos os laços...
Ou será que o que se foi p'ra nós não voltará jamais?

terça-feira, 11 de maio de 2010

Quando a luz dos olhos meus...

Não se trata de palavras que lançamos ao vento;
São expressões que partem do âmago do coração.
Traduzem forte o mais nobre e sincero sentimento,
Deixando silente e expectante até a própria razão!

Se os olhos não se encontram, havendo lembranças,
A mente, então, viaja em busca de alguns sinais...
Acalentando, quem sabe, remotas esperanças
De ter - além do teu olhar - o que ficou para trás!

O que marca na vida a presença de outra vida
Não se pode mensurar na brevidade de um texto;
Talvez haja como demonstrar em uma hora querida...

Creio que quando a luz dos olhos fizer novo contexto,
E chegarmos, enfim, à nossa vontade maior e preferida,
Teremos o corpo - por inteiro - como sublime pretexto!